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Batida policial brasileira no Rio de Janeiro deixa pelo menos 25 mortos

RIO DE JANEIRO – Uma operação policial visando traficantes de drogas no Rio de Janeiro na manhã de quinta-feira matou pelo menos 25 pessoas, incluindo um policial, no tiroteio mais mortal da cidade em vários anos, segundo informações da imprensa local.

O tiroteio em Jacarezinho, um bairro pobre e operário controlado pela gangue do narcotráfico Comando Vermelho – Comando Rojo – feriu pelo menos dois passageiros do metrô atropelados quando seu trem foi pego no fogo cruzado.

Moradores e ativistas de direitos humanos acusaram a polícia de usar força excessiva e questionaram por que a operação foi lançada, dada a proibição do Supremo Tribunal de operações policiais na cidade durante a pandemia.

Nadine Borges, vice-presidente da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, disse que uma equipe de advogados que coletou dados sobre a operação ouviu relatos preliminares assustadores.

“Houve execuções de pessoas que já haviam se rendido”, disse ele. “Foi uma barbárie absoluta.”

Na tarde de quinta-feira, a polícia não havia fornecido um número oficial de mortos ou um relato detalhado do que levou ao tiroteio.

A agência de notícias Reuters citou o delegado Ronaldo Oliveira como a operação policial mais mortal da história da cidade.

Autoridades eleitas do Rio de Janeiro que criticaram o histórico de táticas draconianas da polícia denunciaram a operação, usando uma hashtag que chamou de massacre.

“O massacre de Jacarezinho é um exemplo típico das atrocidades que ocorrem nas favelas do Rio”, disse Talíria Petrone, deputada federal carioca, em nota. “É o Estado fazendo o mínimo para garantir direitos e fazendo o máximo para reprimir e matar”.

A Sra. Petrone, citando um relato que sua equipe recebeu do bairro, disse que o corpo de uma das pessoas assassinadas havia sido deixado à vista do público, com um dedo amputado pendurado na boca. “Para a população ver.”

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