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Pequenas histórias de amor: “Dois pontos azuis em um planeta azul”

Antes que a piscina na cidade de Johnson City, Tennessee, escoasse no final do verão, os cães podiam nadar por cinco dólares. Usando seu colete salva-vidas verde, Barney pulou como se não estivesse cansado, surdo, desdentado. Ficamos até não sobrar mais ninguém. É uma coisa pequena na vida, um cachorro, mas pequeno é relativo. Embalei biscoitos para nossa última ida ao veterinário. Sentei-me no chão do saguão, entregando os biscoitos a Barney, um por um, e por um momento parecia possível que nunca acabaríamos. – Shuly Xóchitl Cawood

A cena está calma. Meu rosto roça o braço de mamãe enquanto ela acende cinco velas. Nenhum bolo comum serviria. Ela passou horas fazendo este bolo Eszterházy com belas camadas de creme chantilly. No Canadá, sua nova casa, comemoramos meu nascimento e minha vida. Celebramos a mim mesma: a filha que não ousava imaginar aos 17, quando estava sozinha, desesperada para sobreviver, escondida nos porões e edifícios bombardeados de Budapeste, com medo de ser descoberta pelos nazistas. Durante anos, ela desafiou mamãe por ser superprotetora. Mais tarde eu entendi. Eu representei a personificação viva e respirável da sobrevivência. – Janet Horvath

Quando fui morar com Sheila em 1979, ela perguntou: “Então, você quer fazer as compras ou lavar a roupa?” Sem hesitar, eu disse: “Compras no mercado”. Mais de 40 anos de casamento depois, ainda faço compras e Sheila lava roupa. Quando nossos filhos eram pequenos, comecei a levá-los às compras comigo para que fossem bons compradores e soubessem que as tarefas da vida são uma responsabilidade compartilhada e um ato de cuidado. – Zachary Gilstein


Acordei com imagens de cremações em massa em seu país. Lembrei que era seu aniversário e mandei uma mensagem com meus desejos e preocupações. Você disse que estava bem e comentou: “Que paradoxo é estar conectado apesar de 8.000 milhas de distância.” Negociamos a separação tagarelando através da estática do telefone, como fantasmas em uma parede. É difícil imaginar refugiar-se em seu apartamento em Mumbai. Abrindo o mapa no meu telefone para obter ajuda, eu nos vejo: dois pontos azuis em um planeta azul, gradientes de oceano e céu entre nós. Nós dois ainda estamos aqui e estou grato. – Anaïs La Rocca

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